EU TAMBÉM BANDEIRA
Estou cansada do lirismo comedido
Do lirismo que conta na
Pontinha dos dedos os versos.
Estou farta da métrica,
das rimas pobres
que rimam amor com dor
amor não é dor, é humor.
Quero mais o lirismo dos bêbados
Quero mais as palavras prostitutas
Que se liberam na boca de cada um
Quero mais as palavras libertinas
Que se desatinam
E deixam suas marcas nos anais da história
Pois não dizem amém,
Mas amem ao bem
E lutem pela desconstrução do sem.
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