domingo, 7 de dezembro de 2008

POESIA MATUTA DE BOB MOTTA

AMÔ PENOSO
Um casá de passaríin,
cumeçô a namorá,
munto feliz a cantá,
num fíi de arta tensão.
O macho curruchiando,
a fême linda, no fíi,
gostando do curruchíi,
era tôda animação.
In liberdade totá,
ais avezinha cantando,
a todos emocionando,
no seu cantá maviôso.
O show era tão bunito,
tão lindo eu num ví jamais.
Um canto de festa e paz,
môço, era maraviôso.
Porém, aquela beleza,
in tristeza se findô.
Um dêles, de fíi mudô,
e a mudança foi fatá.
Sem no perigo cuidá,
um no fíi positivo,
e o ôto, no negativo,
trataro de se bêjá.
Foi só uis bico incostá,
e o pió acunteceu.
Uis bichíin istremeceu,
nuis dois, o fogo pegô.
E morrêro agarradíin,
nuis fíi de arta tensão,
virado uis dois num torrão,
mais feliz, fazendo amô...

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